Ninguém é F#dido por Acaso - Resenha crítica - Ricardo Bellino
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Ninguém é F#dido por Acaso - resenha crítica

Ninguém é F#dido por Acaso Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Autoajuda & Motivação

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Ninguém é f#dido por acaso: um guia prático anticoitadismo

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 8568014828, 978-8568014820

Editora: Citadel Editora

Resenha crítica

Acho que não vai rolar

Ricardo Bellino tem como objetivo, em seu livro, ajudar as pessoas a deixarem de ser fudidas para se tornarem fodidas. Ele começa dizendo que a maioria das pessoas é  covarde, insegura e deixa o medo paralisá-las. Para lutar contra isso é preciso de uma musculatura emocional chamada autoestima. Aqueles que têm o aspecto emocional mais preparado conseguem lidar melhor com as adversidades, apanham e conseguem se levantar.

O carioca também traz a duologia de Sadim x Midas, da Mitologia Grega, para falar sobre a diferença entre fudido e fodido. Enquanto o Rei Midas transformava tudo o que tocava em ouro, Sadim estragava tudo aquilo que tinha em sua mão, ou seja, um verdadeiro fudido.

Além da arrogância e egoísmo, o autor traz alguns elementos comuns entre o Sadim e o sujeito fudido. São elas:

  • Espelho Mágico: só enxerga aquilo que quer ver e não realiza uma autocrítica. Por exemplo, transforma sua incompetência em culpa dos outros;
  • Bobo da Corte: para deixar o espelho mágico mais eficaz, Sadim se cerca de bajuladores;
  • Falsa Modéstia;
  • Atalhos: mesmo sendo incompetente, é comum encontrar Sadins em posições de destaque por conta de seus atalhos, como bajulação, herança ou proteção de alguém importante;
  • Amigo da Onça: o Sadim é capaz de fingir amizade para pegar carona no sucesso de alguém;
  • Memória Seletiva: o Sadim tem mania de reescrever a história para sair com a melhor imagem possível;
  • Inveja;
  • Dicionário Pessoal: o Sadim tem seu próprio dicionário, no qual as palavras assumem o sentido que ele quer. Por exemplo, os mais habilidosos são chamados por ele de “medíocres”;
  • Metamorfose Ambulante: o Sadim está sempre mudando de ideia para acompanhar o que está na moda no momento;
  • Rancor;
  • Paranoia.

A lei dos seis graus

Segundo Bellino, para se ter sucesso é necessário colocar as suas ideias em prática. Para isso, você precisa estar disposto a se dedicar a elas. A perseverança e a resiliência também são fundamentais, já que as chances de errar são maiores do que as de acertar.

O autor diz que outro fator para o sucesso é o contato com as pessoas certas. Você precisa ver e ser visto para ser lembrado. E como ter contato com essas pessoas? Ricardo Bellino traz alguns estudos que indicam que a distância entre você e qualquer outro humano no mundo é de cerca de seis indivíduos.

Por isso, o empresário indica que você deve realizar conexões práticas, rápidas e eficazes para gerar negócios e tirar suas ideias do papel. Para realizar o networking de forma natural, o autor dá algumas dicas:

  • Seja útil;
  • Seja visível, em especial no ambiente offline;
  • Busque pessoas que tenham ideias próximas das suas;
  • Busque pessoas que não tenham ideias próximas das suas;
  • Tenha uma abordagem sincera;
  • Seja criativo.

Mesmo com uma boa rede de conexões, é interessante que os componentes dessa rede sejam também amigos engajados. Ou seja, pessoas que realmente acreditam em você e no seu trabalho. O amigo engajado é aquele que avalia a sua atuação para terceiros, funcionando como um fiador profissional.

Por fim, o empresário fala sobre algumas características frequentes em biografias de pessoas de sucesso e que ele também considera importante. São elas:

  • Aceitar os outros como eles são;
  • Admitir os próprios erros;
  • Mostrar curiosidade e interesse pelas pessoas e pelo mundo em geral;
  • Ter consciência social;
  • Ser pontual;
  • Ser sensível às necessidades e aos desejos alheios;
  • Fazer julgamentos justos;
  • Ser honesto consigo e com os outros;
  • Saber transmitir informações relevantes e distinguir o que é expressivo nas informações que recebe.

Tenha foco: a lei dos três minutos

Ricardo Bellino conta sua experiência com o empresário Donald Trump. Segundo o autor, assim que chegou na reunião, Trump claramente não estava em um bom dia e disse que ele só poderia oferecer 3 minutos para ouvir a ideia. O carioca teve que se adaptar à nova situação e conseguiu fechar o negócio. Com essa experiência em mente, Bellino trouxe quatro princípios fundamentais para uma boa negociação:

  • Primeiro princípio: administração do estado mental e emocional. Ele precisa ser rico de recursos, foco e paixão por vencer;
  • Segundo princípio: qualidade da preparação para a negociação. Essa preparação tem três momentos importantes. O primeiro é ter clareza do que se quer; o segundo é saber como conseguir o que se quer; e o terceiro, e último, é conhecer bem as características da pessoa com quem se está negociando;
  • Terceiro princípio: saber qual o motivo dominante de compra. Esse motivo é aquilo que toca profundamente a emoção de uma pessoa e a faz tomar uma decisão quase que instantânea;
  • Quarto princípio: ter competência para fazer boas perguntas.

Por fim, não se deixe desestabilizar por conta de atitudes inesperadas. No fundo, ao tentar desestabilizar-lhe o que os outros querem é saber se você consegue realmente entregar aquilo que anuncia. Ele sabe que é um grande desafio tirar um projeto do papel. Por isso, ele quer ter certeza que a sua ideia é boa e que você realmente confia nela.

Ninguém vai acreditar se você não acreditar primeiro

Você não deve depender de ninguém para conseguir chegar lá. Uma ideia mais ou menos com um cara excelente tem muito mais potencial do que uma ideia muito boa com um cara ruim. Um fudido está sempre procurando a forma perfeita e o momento perfeito quando, na verdade, quem faz esses momentos somos nós.

Projetos precisam de propósitos. Pessoas precisam de propósitos na vida. Não é simplesmente ser um veículo ou instrumento operacional repetitivo com o intuito de sobreviver. Você pode optar por uma vida maior.

O autor também fala que sorte é uma questão de talento. Em todas as fases de consolidação de qualquer ideia é possível detectar a combinação constante de intuição e planejamento estratégico. É isso que ocorre na hora de abordar os investidores, de escolher os colaboradores e de reunir todas as pessoas certas, no momento certo, para que o projeto se viabilize.

Quando as coisas dão certo muitas vezes pensamos na frase “o universo conspira a nosso favor”. Mas, ao pensar bem, a chamada “conspiração do universo” não é algo místico ou sobrenatural, que nos beneficia de forma aleatória. Para ela funcionar é necessário intuir, planejar, persistir, trabalhar e manter a convicção nos propósitos e, apesar de todos os obstáculos, não permitir que o entusiasmo acabe.

Não desista na primeira crítica

Uma outra dica que Ricardo Bellino dá aos seus leitores é a de não desistir na primeira crítica, até porque virão muitas outras. Não acredite nos ditos especialistas, naqueles que têm autoridade para destruir seu sonho. Ninguém tem essa autoridade sobre você, mesmo que tenha autoridade sobre determinada área ou assunto.

Corra o risco de errar. Se errar, caia e levante-se pelas próprias pernas, mas não deixe que ninguém lhe convença de que você não pode levar uma ideia à frente, de que não pode acreditar no seu sonho. Essa é, de fato, a maior mentira do mundo. Não deixe que os Sadins alcancem o grande objetivo deles, que é destruir o seu sonho. Lembre-se que os Sadins se nutrem da inveja e da vaidade.

Corra riscos

O medo de arriscar faz com que as pessoas não ousem, não tenham coragem e fiquem paralisadas. Um dos erros fatais é a falta de coragem para fracassar. O ser humano não quer fracassar, e isso gera um dilema: “Se eu tentar e errar, vou ficar deprimido, então não vou tentar”. Esse círculo vicioso é paralisante, você não consegue se expandir, desenvolver e dar o próximo passo.

Para não ficar paralisado por conta do medo em arriscar, o autor fala em transformar o “não” (que você já tem) em “por que não?”. Assim você cria uma oportunidade e, dependendo de seu talento, capacidade, autoridade e competência, para fazer acontecer. Quando as pessoas dizem “não”, você pode se inibir e ir para casa chorando. Ou pode perguntar “por que não?”, e isso muda todo o contexto. Você passa de um fudido para um fodido. Para quem tinha um “não”, um “talvez” abre a possibilidade de virar o jogo, de criar novos caminhos.

Ricardo Bellino também fala da importância em acreditar na sua intuição, sendo que ela é um elemento-chave para qualquer fodido. Se todos são naturalmente intuitivos, por que algumas pessoas parecem mais intuitivas que outras? Por que algumas se mostram tão hábeis no uso da intuição na vida profissional e pessoal, enquanto outras demonstram o oposto? Segundo o empresário, a intuição é uma prática. É algo que se desenvolve, e não é, necessariamente, uma característica genética ou algo parecido.

O autor faz uma paralelo entre a autoestima e a intuição. De acordo com ele, quanto mais baixa a autoestima, maior a tendência de duvidar de si e, por conseguinte, de sua intuição. Por outro lado, uma postura radicalmente oposta também surte efeitos negativos. Se uma pessoa se tem em tão alta consideração, a ponto de se achar sempre perfeita e infalível, essa autoimagem distorcida poderá distorcer também sua forma de lidar com a intuição. Em vez de ouvir, alguém assim tentará manipular a intuição toda vez que ela contrariar seus desejos ou intenções.

O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung define a pessoa intuitiva como aquela que observa tudo de modo holístico, confia em seus pressentimentos, é consciente do futuro, é imaginativa e visionária.

Segundo Bellino, para apurar a intuição, é preciso abrir o caminho, a fim de que ela possa fluir livremente. É necessário observar o cotidiano e adotar algumas medidas concretas para remover os obstáculos que dificultam ou impeçam o fluxo da intuição. Para completar essa tarefa, o empresário dá 4 dicas:

  1. Tenha clareza de seus objetivos;
  2. Aprenda a relaxar: às vezes é necessário parar um pouco para conseguir ouvir sua intuição. Reserve um tempo para si e dedique-se a seus hobbies e interesses pessoais;
  3. Alimente a sua intuição: de acordo com o matemático francês Henri Poincaré “A inspiração só vem para a mente preparada."
  4. Cultive relacionamentos: o contato, a interação e o interesse tornam as pessoas mais experientes e sensíveis no trato com outros seres humanos, o que estimula a intuição na hora de formar a impressão inicial de um recém-conhecido.

Se você acha que vai dar errado, mude o rumo

Quando for apresentar a sua ideia é preciso ter coragem para saber que você pode obter um “não” como resposta. O autor acredita que, no momento em que você tem uma ideia extraordinária e tem a postura necessária, você tem por onde começar.

Todas as ideias nascem com enormes possibilidades de dar errado. É só observar as estatísticas de mortalidade das empresas ou quantos business plans são deletados ou colocados em uma pasta no computador sem nunca sair do papel. O que falta para eles? Segundo Bellino, falta convicção e perseverança.

Você pode qualquer coisa. Porque a maior mentira do mundo é que você, por não ter dinheiro, diploma, amigos importantes, não pode se dar ao direito de sonhar. Se você acredita nisso infelizmente coloca a vida dentro de uma caixa e está fadado à mediocridade e a viver de lamentações e de desculpas para justificar por que não fez as coisas. Isso é ser fudido.

Tome como exemplo uma criança. Ela só aprende a andar porque cai. Cai, levanta, cai, levanta, cai, levanta. A gente esquece isso, acha que cair não é bom. Mas a queda pode ser positiva, porque ajuda, reforça as convicções e aprimora a sensibilidade. O sucesso muitas vezes cria uma espécie de arrogância, então há momentos em que você precisa rever isso.

Para concluir o livro, Ricardo Bellino propõe um desafio: todo mundo precisa criar um "plano B" hoje. Precisa se reinventar, se olhar no espelho. Quem sou, aonde quero chegar, o que preciso fazer de diferente? Então, o exercício é fazer um vídeo de três minutos e contar por que você precisa de um plano B e entender qual é esse plano B. Mande para si mesmo e arquive.

O autor termina com um recado importante: “Caso não possa agir de imediato por questão de dinheiro ou pelo momento de vida. Não tem problema. Entendo que muitas vezes pode haver uma restrição financeira temporária. Eu chamo dessa maneira. Mas isso não pode ser motivo para matar seu sonho. Preciso que você acredite que em algum momento pode ser que seu plano A não exista mais, e o plano B vai virar plano A. E se amanhã o plano B também não funcionar, vai ter que ter um plano C, ou o abecedário inteiro. Você tem que acreditar nisso. A questão não é se o plano A, B, C, D, X deu certo ou errado. Desde que você faça o seu melhor, não tem problema se deu certo ou errado. O que interessa é ter plena certeza de que você entregou tudo o que podia, que foi ao limite. É como aquele time que perde, mas sai satisfeito porque sabe que fez o melhor que podia em campo. Se eu entrar em uma competição de plano de negócios, não fizer nada direito e ainda assim ganhar, não verei valor na conquista. Agora, se eu entrar com tudo e ainda assim não ganhar, verei um valor gigante. Obviamente, não entrar é a única maneira de você ter certeza de que não vai ganhar. Essa é a atitude do fudido. Não seja esse cara.”

Notas finais

O principal objetivo do livro é lhe ajudar a se transformar de um fudido para um fodido. Para isso, o autor traz algumas dicas importantes, como colocar em prática suas ideias, confiar na sua intuição, acreditar que seu sonho é possível, investir em networking, estar preparado para o “não” e muito mais.

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Quem escreveu o livro?

Ricardo Bellino é um empresário de imenso sucesso nas terras cariocas, e porque não, nacionalmente? Bellino considera-se um vendedor de ideias, tendo se especializado em juntar as pessoas certas. Ele começou precocemente – com apenas 21 anos – saltando de courier da DHL para estabe... (Leia mais)

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